Raphael Lee Bowen (1925-2020), em 1962 criou a molécula de Bis-GMA, ou resina de Bowen. Além do trabalho revolucionário de Bowen com materiais restauradores compostos, ele também desenvolveu os selantes dentários usados para prevenir a cárie. Sua indiscutível contribuição à Odontologia mundial o levou a várias homenagens, incluindo sua introdução no Hall da Fama da Herman Ostrow School ff Dentistry of USC, em 1997.
“Uma imagem vale mais que mil palavras”. Com essa frase, a professora Kátia H. C. Dias iniciou o prefácio de meu primeiro livro, “Fotografia Odontológica”, lançado em 2005, no XVI Encontro GBPD, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Essa frase, bem como todo o texto escrito por ela, estava fantástica e me emocionou. Infelizmente, a facilidade de captura, edição e manipulação de imagens com os smartphones faz com que uma enxurrada de imagens que não condizem com a realidade seja divulgada nas redes sociais.
Olá, leitor! Uma das áreas que mais avançou na Odontologia foi a restauradora. Diversos materiais, técnicas e tecnologias foram desenvolvidos nos últimos anos. Tal avanço visa a realização de procedimentos mais rápidos, simples e menos invasivos em relação aos tecidos dentais. Para tanto, os procedimentos adesivos são de extrema importância para o sucesso em longo prazo na cadeia restauradora. A compreensão da estrutura dos tecidos dentais, assim como dos diferentes tipos de sistemas adesivos, é fundamental para o processo restaurador.
O conceito da Carbon Smile Clinic nasceu da intenção de oferecer ao cliente um tratamento exclusivo e privativo, com um ambiente reservado somente para ele, seguindo rígidos protocolos de segurança durante o atendimento. O conceito é o “Slow Dentistry”, no qual o paciente é o foco principal, recebendo toda a atenção da equipe, sem distrações e atividades paralelas, permitindo a execução de uma Odontologia de alta performance integrada à alta tecnologia, para otimização de tempo e resultados. Para isso, o projeto de arquitetura deveria transmitir o conceito moderno, tecnológico e minimalista, aproveitando ao máximo o espaço e garantindo uma mobilidade adequada para toda a equipe e o paciente.
É cada vez mais comum pacientes procurarem procedimentos odontológicos por fatores estéticos, para melhorar sua condição social e autoestima. Entre as anomalias dentárias que podem prejudicar função e estética, tem-se a transposição dental. É uma alteração rara na erupção de dentes adjacentes que, quando ocorre, gera dúvidas para o cirurgião-dentista quanto às opções de tratamento. Entre as alternativas de tratamento para a transposição total, no presente caso clínico optou-se por manter a ordem trocada da transposição, corrigindo-a por meio da reanatomização com resina composta. Nos casos de transposição total, em que ambas as coroas e raízes dos dentes adjacentes estão em posições trocadas, uma alternativa eficiente e conservadora de tratamento é manter a ordem trocada e reanatomizar os dentes com materiais restauradores. A resina composta é uma excelente alternativa, por apresentar estética de qualidade e uma boa longevidade, além de ser material conservador, necessitando de mínimo, ou nenhum, preparo dental.
Já sabemos que os equipamentos fotoativadores podem ser diferentes e que suas características, assim como a técnica do operador, podem influenciar na reação de polimerização dos materiais resinosos. Outro assunto que precisa ser discutido é a biossegurança, pois o uso diário do equipamento em diferentes pacientes exige uma forma de proteção correta deles, para evitar a contaminação cruzada, especialmente considerando-se a condição atual de atendimento durante a pandemia do COVID-19.
Introdução: A cirurgia de aumento de coroa clínica com finalidade estética é baseada em parâmetros já descritos na literatura; porém, existe uma dificuldade de organizá-los e, a partir de então, criar um protocolo reprodutível, que torne o procedimento exequível para os cirurgiões-dentistas. Objetivo: Por meio da apresentação de um caso clínico, introduz-se a proposta de utilização de uma tabela, criada com o intuito de compilar tais parâmetros. Resultados: Em um primeiro momento, a tabela pode parecer complexa; todavia, a inserção e a análise correta de dados viabilizam o planejamento de forma clara e precisa. Conclusões: Embora venha sendo utilizada pelos autores há alguns anos, a validação da tabela deverá acontecer a partir do uso de outros profissionais da área.
Anteriormente, em uma época em que se tinham menos opções para as restaurações indiretas, o metal (principalmente o ouro) se destacava como o principal material restaurador indireto na região posterior, apresentando ótima longevidade. Entretanto, a alta demanda por restaurações estéticas, mesmo na região posterior, acelerou o desenvolvimento tecnológico de materiais como as cerâmicas e as resinas. Diferentes em sua estrutura química, e com diferentes métodos de fabricação, esses materiais apresentam características físicas e propriedades mecânicas diferentes, mas se assemelham na qualidade óptica de reprodução do elemento dentário, principalmente em regiões posteriores da boca. Então, a dúvida de qual material indireto usar na região posterior é recorrente entre os dentistas. Cerâmica, resina? Essa dúvida se tornou ainda mais recorrente com o surgimento dos restauradores híbridos (mistura de cerâmica com resina) e o tema está cada vez mais em evidência. Nessa seção HighLights, serão abordados estudos recentes sobre os materiais, e mostrados os resultados de estudos clínicos comparativos.
Introdução: Decoronação é uma técnica terapêutica para os dentes anquilosados depois de traumatismos dentários, que evoluem naturalmente para reabsorção dentária por substituição, para se evitar sequelas pós-cirúrgicas. Mas ela também pode ser indicada para várias outras situações clínicas. Descrição: Os dentes em anquilose alveolodentária e reabsorção dentária por substituição devem ser considerados osso normal, em pleno processo contínuo e fisiológico de remodelação. Em consequência, os implantes osseointegráveis podem ser aplicados com sucesso, se assim for necessário, pois haverá a osseointegração. É essencial para o sucesso da decoronação a ausência de contaminação, a qual representa a sua contraindicação. Considerações finais: O local, a angulação e o posicionamento para se colocar o implante após a decoronação devem ser ditados pela conveniência clínica. Ela não deve mudar o planejamento normal para a instalação de implantes e, nem mesmo, mudar os critérios de escolha do tipo e da marca de implante dentário a ser utilizado.
EDIÇÃO – V19N1
Volume 19 | Número 1 | Jan / Abr 2022
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